GENPOSS Gênero Política Social e Serviços Sociais
O blog é um espaço de articulação e difusão do Laboratório GENPOSS - projeto de extensão do Grupo de estudos e pesquisa Gênero, Política Social e Serviços Sociais, vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Política Social, da Universidade de Brasília e ao Diretório de Grupos do Conselho Nacional Pesquisa - CNPq. O Laboratório é um desdobramento de iniciativas desenvolvidas pelo GENPOSS, entre 2004 e 2011, que articula a pesquisa ao ensino e à extensão.
Genposs debate filme "Entre Mulheres" de Sarah Polley
Genposs - 2º semestre de 2023 e SEMUNI
O Genposs realizou a primeira reunião gerald do 2º semestre de 2023, na sexta-feira 1º de setembro, na sala de reuniões do NEPeM. Na ocasião a equipe discutiu as atividades regulares programadas para este semestre, que se iniciam em 15 de setembro. Em seguida se tratou da organização da equipe nas ações que irão integrar a Jornada Genposs, que acontece durante a Semana Universitária 2023, a se realizar entre 25 e 29 de setembro.
A programação da Jornada Genposs inclui a promoção de uma edição do Gênero e Cinema, com o foco em processos de resistência e formação da cidadania e dos direitos, com ênfase especial na cidadania sexual. Sob o título “Sexualidades Plurais - Resistências, Cidadania e Direitos”, o Gênero e Cinema irá exibir um conjunto de documentários, que abordam a temática dos direitos relacionados à identidade de gênero e à sexualidade, a partir dos quais se fará o debate.
A edição do Diálogos Genposs, que integra as Jornadas GENPOSS nesta SEMUNI 2023, aborda processos de resistência e formação da cidadania e dos direitos, com ênfase especial na cidadania sexual. Neste sentido, o Diálogos Genposs, realizado em parceria com o projeto de extensão Convivência, do HUB, irá enfocar o tema “Sexualidade e saúde: estratégias para a prevenção de HIV/AIDS". A perspectiva é viabilizar um espaço de diálogo e sensibilização sobre a diversidade sexual, gênero, prevenção do HIV/AIDS e o papel do serviço social na assistência integral aos pacientes que vivem com HIV+. A partir da experiência do projeto Convivência, no Hospital Universitário de Brasília pretende, ademais, fomentar a reflexão sobre estratégias de prevenção do HIV/AIDS.
A Oficina “Família no contexto da política de saúde e dos direitos sociais”, é outra iniciativa que integra as jornadas GENPOSS nesta SEMUNI 2023, acontece entre os dias 28 e 29 de setembro e é fruto de parceria do Laboratório Genposs com o Grupo de Estudos e Pesquisas em Saúde, Sociedade e Política Social - GEPSaúde e a Equipe de Serviço Social da residência Multiprofissional em Saúde do HUB/EBSERH. Voltada para assistentes sociais, residentes e estagiários/as da área específica do serviço social do HuB/EBSERH, assim como componentes do Genposs e GEPSaúde, se pretende fomentar o debate em torno da família enquanto sujeito de direitos e categoria central no contexto das políticas e do trabalho do Serviço Social.
Grupo de Estudos Genposs - A Violência contra a Mulher
Nesta sexta-feira, 02 de junho, no Auditório do CEAM, o Grupo de Estudos Genposs realiza novo encontro a partir das 14 H.
O foco continua sendo o projeto Mulheres do Cerrado e os escritos da professora Mireya Suarez, uma das fundadoras do Grupo Feminista Brasília-Mulher e do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre Mulheres (NEPeM).
O tema em discussão dessa tarde é violência contra a mulher, abordada em entrevista concedida pela professora Mireya, em 1983 (ABREU, 1982).
Grupos de Estudos Genposs - Mulheres do Cerrado
O Grupo de Estudos do Laboratório Genposs realizou sua primeira sessão do 1 semestre de 2023, na tarde da sexta-feira, 12 de maio, no Auditório do CEAM, sob a coordenação da professora Marlene Teixeira Rodrigues.
As atividades do Grupo neste semestre tem como tema central a trajetória e os escritos da professora Mireya Suárez, que ainda em 2017, inspirou e apontou os caminhos que impulsionaram a formulação do projeto Mulheres do Cerrado, que ora iniciamos e que recebeu este nome, em homenagem a professora e ao primeiro grupo feminista por ela criado na UnB, no início da década de 1970.
Nesta primeira sessão, o grupo teve oportunidade de começar a conhecer a trajetória da professora Mireya, por meio
Antropóloga e feminista, nascida no Panamá, em janeiro de 1939, Mireya iniciou sua carreira na UnB, em 1970, onde chegou, após concluir seu mestrado no México e se casar com um sociólogo brasileiro que conheceu na Universidade.
Uma das primeiras professoras de Antropologia da UnB, além do Mulheres do Cerrado e do NEPeM - criado anos mais tarde-, a professora participou na articulação e fundação do Grupo Feminista Brasília Mulher, no início da década de 1980.
Importante movimento social no período de redemocratização do país, o Grupo Feminista Brasília Mulher agregou mulheres de diferentes inserções sociais e profissionais e foi germe de parte substantiva dos grupos de estudos e das organizações feministas surgidas no Distrito Federal, nas décadas seguintes. Com o projeto Mulheres do Cerrado pretendemos registrar esses processos por meio das vozes de suas protagonistas.
10 anos após a PEC das Domésticas - o que mudou no trabalho doméstico?
Reunião Genposs - abertura 1º/2023
O Laboratório Genposs dá início às atividades do semestre 1º/2023, com a realização da primeira reunião da equipe, nesta sexta-feira, 31/03/2023, às 14 H.
O encontro, que será dedicado ao acolhimento de estudantes ingressantes e ao planejamento e organização das ações previstas para o ano de 2023, acontece na sala de reuniões do NEPeM (Edifício Multiuso I, Térreo, defronte ao BRB). Em breve a programação será divulgada aqui.
A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NA UNIVERSIDADE E O SILENCIAMENTO
Lorrany Rodrigues do Nascimento
Fomos socializadas a respeitar mais o medo do que nossas necessidades de
linguagem e significação, e enquanto esperarmos em silêncio pelo luxo supremo
do destemor, o peso desse silêncio nos sufocará.
(LORDE, 2019)
No dia 8 do mês passado uma estudante
da Universidade de Brasília (UnB) foi estuprada enquanto se deslocava do
Restaurante Universitário (RU) para uma sala de aula no Instituto Central de
Ciências (ICC) (MARTINS, 2022). Em 2016, a estudante de Biologia Louise Ribeiro
foi vítima de feminicídio em um laboratório dentro da Universidade (LUIZ,
2016). Denúncias de assédio moral e sexual contra um professor da Faculdade de
Comunicação (FAC) vieram à tona por meio da campanha #meuamigosecreto, em
2015 (RODRIGUES, 2015) . Já em 2011, fotos de calouras do curso de Agronomia
ajoelhadas e lambendo linguiças com leite condensado durante um trote foram
encaminhadas à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da
República (G1, 2011).
O crime brutal que ocorreu no início
deste mês não foi um ato isolado dentro da UnB. A violência patriarcal é algo
recorrente nesta e em outras Universidades do país. Além de ausência de uma
política de segurança satisfatória e de infraestrutura adequada (iluminação,
por exemplo), o que explica que um ato como esse aconteça dentro de uma
instituição que se define como um “[...] organismo indispensável para o
desenvolvimento de uma sociedade mais íntegra e democrática [...]” (UnB, 2022)?
Em primeiro lugar, é importante lembrar
que a Universidade se fundamenta em uma perspectiva eurocêntrica, classista,
racista e patriarcal e que o racionalismo, desde o início da modernidade,
teve o papel de legitimar a restrição das mulheres a uma posição de
subalternidade e interpor obstáculos ao acesso ao conhecimento. Os indígenas,
os negros e as mulheres tiveram seu conhecimento relegado à desimportância
pelo racionalismo cartesiano e o racismo e o sexismo asseguraram que fossem
vistos como não-humanos (GROSFOGUEL, 2016).
É o que nos mostra Silvia Federici em
sua análise acerca do genocídio e epistemicídio promovido pela Caça às Bruxas.
As mulheres que tinham maior conhecimento acerca de ervas medicinais, métodos
contraceptivos e abortivos ou que exerciam um papel de liderança nas revoltas
populares foram julgadas como bruxas, torturadas, estupradas e mortas nas
fogueiras. Foi nesse processo que se moldou um ideal de feminilidade burguesa,
que representa as mulheres como débeis, perversas e que deveriam ter a
sexualidade controlada, tendo em vista que esta seria perigosa, levando os
homens à perda da racionalidade (FEDERICI, 2010).
Em uma perspectiva semelhante, Paola
Tabet (2005a, 2005b) mostra como às mulheres é vedado o acesso a determinados
conhecimentos, técnicas e instrumentos de trabalho. A autora também evidencia
que o controle sexual e reprodutivo tem como fundamento a restrição ao
conhecimento e o uso da violência física, psicológica e sexual. Davis (2016),
por seu turno, destaca o papel que o estupro teve durante o processo de
escravização, servindo como um meio adicional de violência contra as mulheres
negras e de humilhação de seus companheiros. Nesse contexto, o estupro era
empregado de forma generalizada, sendo as mulheres negras (as quais possuíam um
papel ativo na perpetuação do conhecimento por meio de estratégias como as
escolas clandestinas) entendidas como passíveis de tal violência sem punição de
seus autores por serem propriedade dos homens brancos. Vale destacar que essas
mulheres tiveram um papel de destaque na luta pela abolição e que a elas não se
estendia o ideal de fragilidade feminina burguês, sendo vistas como passíveis
de suportarem mais dor no emprego dos castigos.
Rita Segato (2003) argumenta que as
mulheres nunca foram reconhecidas plenamente como cidadãs. Segundo a autora, o
estupro ainda não é visto como uma violência contra a mulher, que é entendida
como propriedade do homem, mas como uma afronta a honra deste. A mulher é
vista como passível de proteção na medida em que esteja subjugada a um homem. É
assim que o estupro aparece, tal qual evidenciado por relatos de condenados por
esse crime em entrevistas concedidas a Segato, como uma punição a mulheres que
fogem do papel de subordinação. É, também, um ato de enfrentamento a um homem
genérico e, ao mesmo tempo, uma busca por reconhecimento da masculinidade, um
status que se associa à necessidade de controle e que precisa ser reafirmado
constantemente.
A partir das obras de tais autoras,
entende-se que a violência que as mulheres sofrem dentro da Universidade é uma
forma de punição por não se encaixarem no ideal de domesticidade e debilidade.
A Universidade é uma instituição que se estruturou no sexismo e que serve aos
interesses das classes dominantes no contexto do Capitalismo Patriarcal. Só
muito recentemente, as mulheres passaram a acessar esse ambiente de forma mais
generalizada. A violência física, sexual, psicológica e moral a que estamos
sujeitas nos nossos deslocamentos, dentro das salas de aula, dos centros
acadêmicos e dos banheiros; nos trotes; nas apresentações de trabalhos; nas
bancas de seleção e de defesa dos nossos trabalhos; ou ao trazermos para a sala
de aula assuntos relevantes como as inúmeras discriminações a que somos
sujeitas cotidianamente são estratégias para que não permaneçamos nesse
espaço.
Resistir a essas inúmeras violações
demanda uma transformação de caráter estrutural, não restrita ao espaço da
Universidade, que implique na reconfiguração de uma sociedade fundamentada no
Patriarcado. Essa resistência tem como ponto de partida o rompimento com o
silêncio que nos é imposto. Devemos exigir espaços com mais monitoramento,
iluminação e com mais pessoas que garantam a nossa segurança. Devemos,
entretanto, exigir também que o que produzimos dentro dessa Universidade deixe
de ser visto como desimportante.
A violência é fonte de dor e fomos
ensinadas que a Universidade não é lugar para expô-la. Tal qual abordado por
Nancy K. Bareano na introdução de “Irmã Outsider” de Audre Lorde:
A estrutura do
patriarcado branco ocidental exige que acreditemos na existência de um conflito
inerente entre o que sentimos e o que pensamos - entre a poesia e a teoria. É
mais fácil que nos controlem quando uma parte do nosso eu é separada da outra,
fragmentada e sem equilíbrio. Contudo, existem outras configurações, outras
formas de experimentar o mundo, ainda que seja difícil nomeá-las
(BAREANO, 2019,
p. 12).
É necessário, assim, tal qual abordado
por Audre Lorde em outro texto do livro acima citado, que não nos limitemos ao
silêncio pelo medo de sermos revitimizadas ao expormos as violências a que
estamos sujeitas dentro desse espaço (LORDE, 2019). É preciso que as
manifestações públicas continuem e, tão necessárias quanto elas, são as
pesquisas que evidenciam as violações dos nossos direitos, as discussões em sala
de aula e a criação de mais espaços dentro da Universidade direcionados à
apuração de casos de violência contra as mulheres. Silenciar a dor é uma forma
de nos controlar, já trazer à tona essa forma de conhecimento suscita a
mobilização necessária à transformação.
REFERÊNCIAS
BAREANO, Nancy K. Introdução. In: LORDE, Audre. Irmã Outsider: ensaios e conferências. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
DAVIS, Ângela. Mulheres, raça e classes. São Paulo:
Boitempo, 2016.
FEDERICI, Silvia. Calibán e la bruja: Mujeres, cuerpo y
acumulación originaria. Madri: Traficantes de Sueños, 2010, pp. 219-286.
GUILHERME, Paulo. Secretaria de Políticas para Mulheres pede explicações
sobre trote na UnB. G1, 28 de janeiro de 2011. Disponível:
https://g1.globo.com/educacao/noticia/2011/01/secretaria-do-governo-investiga-trote-de-calouros-na-unb.html .
LORDE, AUDRE. A transformação do silêncio em linguagem e ação.
In:______. Irmã Outsider: ensaios e conferências. Belo Horizonte:
Autêntica, 2019.
LUIZ, Gabriel. MP acusa de feminicídio jovem que matou ex em laboratório
da UnB. G1, Distrito Federal, 8 de abril de 2016. Disponível em: https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/04/mp-acusa-de-feminicidio-jovem-que-matou-ex-em-laboratorio-da-unb.html.
MARTINS, Thays. Estudante de 18 anos é estuprada na
UnB, no campus da Asa Norte. Correio Braziliense, Brasília, 9 de julho
de 2022. Disponível em: https://www.correiobraziliense.com.br/euestudante/ensino-superior/2022/07/5021155-estudante-de-18-anos-e-estuprada-na-unb-no-campus-da-asa-norte.html.
RODRIGUES, Mateus. UnB apura 'dossiê' sobre
professor suspeito de assédio moral e sexual. G1, Distrito Federal, 15
de dezembro de 2015. Disponível em:
https://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/12/unb-apura-dossie-sobre-professor-suspeito-de-assedio-moral-e-sexual.html.
SEGATO, Rita. Las estructuras elementales de la violencia: ensayos
sobre género entre la antropología, el psicoanálisis y los derechos humanos.
Buenos Aires: Universidad Nacional de Quilmes, 2003.
TABET, Paola. Las manos, los instrumentos, las armas. El patriarcado al desnudo: tres feministas materialistas. Buenos Aires: Brecha Lésbica, 2005a.
______. Natural Fertility, Forced Reproduction. In: LEONARD, D.; ADKINS,
L.. Sex in question: french materialist feminism. Londres e
Bristol: Taylor e Francis e-Library, 2005b.
Universidade de Brasília ( UnB). A UnB. Disponível em:
https://www.unb.br/institucional/a-unb.
Lélia Gonzalez e a categoria da Amefricanidade
No dia 25 de julho foi comemorado o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A data surgiu a partir de uma conferência realizada pela ONU, em 1992, na República Dominicana. O objetivo foi discutir a questão da violação de direitos dessas mulheres (TRISTAN, 2020). Neste contexto, nós do GENPOSS gostaríamos de lembrar Lélia Gonzalez, intelectual negra brasileira que questionou a ideia de democracia racial, evidenciou o eurocentrismo de nossas produções acadêmicas, colocou em primeiro plano a discriminação sofrida pelas mulheres negra e pobres e elaborou o conceito de Amefricanidade.
Lélia Gonzalez nasceu em 1935, em Minas Gerais, mas migrou com a família ainda na infância, em 1942, para o Rio de Janeiro. Nasceu em uma família numerosa e de origem pobre (seu pai era ferroviário e sua mãe dona de casa), mas teve a oportunidade de estudar devido ao fato de ter sido uma das filhas mais novas. Cursou História, Geografia e Filosofia onde hoje é a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), foi professora da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC), atuou no Movimento Negro, no Partido dos Trabalhadores (PT) e posteriormente, no Partido Democrático Trabalhista (PDT) (BARRETO, 2018; GONZALEZ, 2018).
O conceito de Amefricanidade foi elaborado pela autora na década de 1980, quando, para entender a questão do racismo, a autora passou a tomar como referência a contra colonialidade e a psicanálise. A Amefricanidade é uma categoria que explicita que o centro da América não são as culturas estadunidense e europeia. A autora evidencia as influências majoritárias das culturas originárias da África e das culturas indígenas na linguagem, nas religiões, nas festas, dentre outros fatores. Lélia Gonzalez propõe o reconhecimento dessa influência por meio de um reordenamento afrocentrado, que vai de encontro ao processo de embranquecimento, processo por meio do qual o racismo por denegação se expressa (GONZALEZ, 1988).
Assim, ressaltamos que a luta contra o racismo parte da desmistificação da ideia de democracia racial, a qual tem por objetivo evitar o reconhecimento e a reparação que lhe é inerente. Nesse sentido, em meio a um contexto em que as mulheres negras continuam a ser alvo de maior violência, gostaríamos de ressaltar a importância de Lélia Gonzalez, autora que as colocou em primeiro plano e que mostrou como, longe da resignação e subalternidade, essas mulheres tiveram um papel ativo na luta contra o processo de escravização e de disseminação da cultura afrocentrada (como pode ser visto na figura da mãe preta).
Referências
GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. In: Tempo Brasileiro. Rio de Janeiro, Nº. 92/93 (jan./jun.). 1988b, p. 69-82.
______. Lélia Gonzalez: um depoimento. In: GONZALEZ, L.. Primavera para rosas negras. [S. L.]: Diáspora Africana: 2018.
BARRETO, Raquel. Lélia Gonzalez: uma intérprete do Brasil. In: GONZALEZ, L.. Primavera para rosas negras. [S. L.]: Diáspora Africana: 2018.
TRISTAN, Jennifer. Dia da mulher negra latino-americana e caribenha. 25J: mulheres negras têm história! Esquerda Diário, São Paulo, 25 de julho de 2020. Disponível em: https://www.esquerdadiario.com.br/25J-mulheres-negras-tem-historia?amp=1&gclid=Cj0KCQjw0JiXBhCFARIsAOSAKqCyZRlLDPn3C5DbXTK2piNkGCkUmP1i8gUmHjiHea3bvPxMzW2ypAEaAqQpEALw_wcB. Acesso em: 23 de julho de 2022.
Mesa Redonda (virtual) na SBPC - as relações entre ciência e conservadorismos, a partir dos estudos de Gênero e Sexualidade
A Associação Brasileira de Antropologia (ABA) promove nesta terça-feira, 26 de Julho, das 14 h às 16 h, mesa redonda, em formato virtual, como parte da programação da 7aª Reunião Anual da SBPC. Com a participação das professoras Lia Zanotta Machado (NEPeM/UnB), Regina Facchini (PAGU/Unicamp) e do professor Sérgio Luís Carrara (UERJ), a mesa discute as "relações entre ciência e conservadorismos", a partir dos "estudos de gênero e sexualidade na Antropologia". Assista aqui.
Grupo de Estudos debate texto de Cida Bento
O debate, que teve a mediação de Lorrany Nascimento e Bárbara Oliveira Andrade, teve como ponto de partida, as reflexões trazidas pela escritora Maria Aparecida Silva BENTO, "Branqueamento e Branquitude no Brasil" que integra o livro Psicologia Social do Racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento, p. (25-58), publicado pela editora Vozes, pela primeira vez, em 2002.
As Mulheres na SBPC
Começa neste domingo, 24 de julho, a 7aª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e as mulheres são tema de diferentes atividades.
O evento nesta edição tem como tema "Ciência, Independência e Soberania Nacional" e se estende até o dia 30 de Julho; é aberto ao público e as atividades são gratuitas; com inscrições abertas durante todo o períodoo aqui.
A seguir listamos as atividades que acontecem em modo remoto e em seguidas as atividades presenciais e, em seguida, as que ocorrem de modo remoto.
Presencial
Segunda-feira, 25/7/2022 -
= Mesa-Redonda: VIOLÊNCIA CONTRA MULHERES EM UNIVERSIDADES BRASILEIRAS
HORARIO: 16h às 18h30
LOCAL: ICC - Anfiteatro 08
Coordenadora: Tânia Mara Campos de Almeida (UnB)
Palestrantes: Valeska Zanello (UnB), Heloísa Buarque de Almeida (USP) e Thiago Pierobom de Ávila (Uniceub)
= Conferência: AS MULHERES NAS INDEPENDÊNCIAS: DAS LUTAS BOLIVARIANAS AOS LEVANTES BRASILEIROS
HORÁRIO: 09h às 10h30
LOCAL: ICC - Anfiteatro 09
= Conferencista: Elizabeth Del Socorro Ruano-Ibarra (UnB)
Apresentadora: Viviane Resende (UnB)
Quarta-feira, 27/7/2022
= Mesa-Redonda: A QUESTÃO DE GÊNERO NO BRASIL SOB AS PERSPECTIVAS DOS ODS 2030
HORARIO: 16h às 18h30
LOCAL: ICC - Anfiteatro 17
Coordenadora: Vanderlan da Silva Bolzani (Unesp)
Palestrantes: Miriam Pillar Grossi (SBPC/UFSC), Lia Zanotta Machado (UnB) e Aldo José Gorgatti
Zarbin (UFPR)
= Gênero e Cinema – Inclusão e Diversidade na UnB a partir da Lei de Cotas
Exibição do documentário Filhas de Lavadeiras, dirigido por Edileuza Penha seguido de debate.
HORÁRIO: 19h às 21h
LOCAL: Auditório Augusto Boal - FUP- UnB
Debatedora: profa. Elizabeth Mamede da Costa.
INSCRIÇÃO NO LOCAL
Quinta-feira, 28/7/2022
= Mesa-Redonda: MENINAS NA CIÊNCIA (SBPC, CNPq)
HORARIO: 16h às 18h30
LOCAL: ICC - Anfiteatro 13
Coordenadora: Adriana Pereira Ibaldo (UnB)
Palestrantes: Dianne Magalhães Viana (UnB), Maria Lúcia Braga (CNPq) e Marta Feijó Barroso (UFRJ
= Gênero e Cinema – Inclusão e Diversidade na UnB a partir da Lei de Cotas
Exibição do documentário Filhas de Lavadeiras, dirigido por Edileuza Penha seguido de debate.
HORÁRIO: 14h às 16
LOCAL: Auditório CEAM Edifício Multiuso I - Mezanino - Campus Darcy Ribeiro - UnB (em frente ao BRB)
Debatedora: Edileuza Penha
INSCRIÇÃO NO LOCAL
Virtual
Terça-feira, 26/7/2022
Mesa-Redonda: SABERES ANTROPOLÓGICOS SOBRE GÊNERO E SEXUALIDADE: CIÊNCIA E CONSERVADORISMOS NO BRASIL ATUAL (ABA)
- das 14h às 16h
Coordenadora: Regina Facchini (Unicamp)
Palestrantes: Sérgio Luís Carrara (Uerj), Jacqueline Moraes Teixeira (USP/SP) e Lia Zanotta Machado (UnB)
Quinta-feira, 28/7/2022
= POPULAÇÕES INVISIBILIZADAS NOS 200 ANOS DE INDEPENDÊNCIA (ABPEE)
HORÁRIO: 16h00 às 18h0
Canal no Youtube: https://www.youtube.com/c/AbpeeBrasil
Coordenadora: Sandra Zákia Lian de Sousa (USP)
Palestrantes: Eugênia Portela de Siqueira Marques (UFMS), Reinaldo Matias Fleuri (UFSC), Martha Cristina Nunes Moreira (Fiocruz) e Representante do Inep
Sexta-feira, 29/7/2022
= Mesa-Redonda: EPISTEMOLOGIAS: SOCIAL, FEMINISTA E DECOLONIAL (ANPOF) HORÁRIO: - das 14h00 às 16h00
Coordenador: Érico Andrade (UFPE)
Palestrantes: Caroline Marim (UFPE), Tiegue Vieira Rodrigues (UFSM) e Susana de Castro (UFRJ)
Não Aguentamos Mais! Basta de Violência contra as Mulheres na UnB
Não aguentamos mais! Pela vida das mulheres e contra a violência no campus!
O Genposs se soma ao coletivo juntas e demais movimentos feministas da UnB para dizer:
"Não aguentamos mais!
Com o retorno presencial na UnB, estão sendo recorrentes os casos de assédio e violência contra os estudantes, principalmente as mulheres. Infelizmente, essa é uma realidade estrutural dentro dos campi, mas que tem se intensificado nesse retorno presencial.
O movimento estudantil e o movimento feminista precisa lutar e reinvindicar por segurança, iluminação e uma universidade que seja pensada para as mulheres em todos os trajetos da universidade.
Precisamos de uma Universidade segura e coerente com o mundo que precisamos: não aguentamos mais!!!!!
Nesse sentido, o coletivo juntas convida todos os movimentos feministas da UnB, Centros Acadêmicos, Diretório Central dos Estudantes e coletivos para construirmos um ato na segunda feira, às 12h no ceubinho"
Basta de Violência!
Nos queremos todas vivas!